Historiadores contestam imagem moderna do “árabe” e apontam raízes africanas

Setembro 30, 2025 - 09:31
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Historiadores contestam imagem moderna do “árabe” e apontam raízes africanas

Um debate histórico e antropológico tem ganhado força nas últimas décadas: afinal, quem são os árabes originais? Fontes históricas do século XIX e XX indicam que a atual imagem do árabe difundida pelo mundo não corresponde à sua origem ancestral.

Segundo registros históricos, a figura árabe hoje associada a povos da Líbia, Egito, Turquia, Arábia, Oriente Médio e Irã não representa os árabes originais, mas sim descendentes de invasores turcos. Inclusive, o nome “Turki” era um apelido ou até nome próprio comum entre turcos na Arábia Saudita.

Estudos e relatos de viajantes europeus do século XIX apontam que os árabes originais eram povos de tez escura, com raízes africanas, próximos de tribos hamíticas e até comparados aos abissínios.

Fontes históricas que reforçam essa visão:

Baron von Maltzan, Geography of Southern Arabia (1872):


“Desta parte da Arábia quase todos pertencem à raça de Himyar. Sua tez é quase tão negra quanto a dos abissínios.”

Arnold Wilson, The Geographical Journal (1927):
“O povo de Dhufar é da tribo Qahtan, os filhos de Joktan mencionados no Gênesis: eles são de tipos Hamíticos ou Africanos em vez de Árabes.”

Manual da Iraq Petroleum Company (1948):
“Na Arábia, os primeiros habitantes provavelmente eram uma população baixa e de pele escura intermediária, entre os hamitas africanos e os dravidianos da Índia, formando um único cinturão africano-asiático.”

Os críticos do eurocentrismo defendem que a imagem moderna dos árabes foi construída pela propaganda midiática ocidental, privilegiando os descendentes de turcos e turcos mestiços em detrimento das raízes africanas.

Essa visão, porém, continua a gerar fortes debates acadêmicos e políticos, já que muitos ainda insistem em aceitar a definição moderna de “árabe” como a original.

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